Dia Nacional do Diabete: saiba o que é e como prevenir os riscos de complicações da doença.

Você certamente já escutou falar de Diabete Mellitus (DM). Sempre rodeada de medos, de consequências e de restrições alimentares, não é? Em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde, hoje celebramos o Dia Nacional do Diabete e nada mais justo que pegarmos esse tema para esclarecer o que é realmente a diabete, se é possível se prevenir e como é realizado o tratamento. Com as informações corretas, é possível conviver com a doença e manter a qualidade de vida ao mesmo tempo. Vamos lá?

O que caracteriza a DM?
A DM é uma doença crônica — doenças que não colocam em risco a vida do indivíduo em um curto prazo de tempo, que não são emergências médicas — que afeta como nosso corpo regula os níveis de açúcar provenientes da alimentação.
Ela ocorre quando o pâncreas não consegue usar efetivamente a insulina, hormônio responsável pelo transporte da glicose (açúcar) para dentro das células onde será usada para produção de energia. Quais são os tipos de DM?
Vamos começar falando pela Pré-Diabete, sendo a condição que antecede a doença em si, onde já há nível de glicose no sangue mais altos do que o normal, mas não elevados o suficiente para caracterizar um Diabete. Digamos que seja um sinal de alerta do corpo e, normalmente, aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios (gorduras) como em doenças do fígado.
Esse alerta do pré-diabete é importante porque nesse estágio, ela ainda pode ser revertida, evitando o aparecimento das complicações da Diabete.
Ao medir a glicemia em jejum, o ideal é que ela esteja entre 70 mg/dl a 100 mg/dl. De 100 mg/dl a 126 mg/dl, o indivíduo é considerado pré-diabético. Acima de 126 mg/dl já se caracteriza a DM em si.
Quando falamos em DM e alimentação, é importante esclarecer que o grupo alimentar que mais vai influenciar no risco de desenvolvimento da doença, nos sintomas e no tratamento são os carboidratos (pães, massas, farinhas, doces, etc.). Isso porque esse é o grupo que possui o macronutriente chamado de “glicose”, que tem sua absorção prejudicada na diabete. Quando dizemos “nível de glicemia” estamos simplesmente medindo a quantidade de glicose no sangue.
Na DM temos 2 principais tipos e se diferem bastante entre si:
Diabete tipo 1
Diabete tipo 2

Diabete tipo 1
Também chamada de diabete juvenil, ela representa apenas 5% dos casos de diabete no Brasil. Ela surge quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, impedindo que a glicose entre nas células e fique vagando pelo sangue, levando a um quadro chamado de hiperglicemia (açúcar alto no sangue).
Geralmente ela é uma doença de origem autoimune, onde os anticorpos do próprio corpo atacam e destroem parte do pâncreas, especificamente as células produtoras de insulina, conhecidas como células beta das ilhotas de Langerhans.
Nestes casos, a forma de tratamento é a aplicação de insulina diariamente juntamente com a contagem de carboidratos. O tratamento por vezes pode ser dificultoso até chegar na quantidade e tipo certo de insulina a ser aplicado, assim como adequação da dieta.
Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue.
Diabete tipo 2
Representa 90% dos casos de diabete no Brasil. Neste caso, o corpo produz a insulina, mas não sabe aproveitá-la de maneira efetiva, pois a insulina não se liga corretamente às células, impedindo que a glicose entre. Isso faz com que a glicose (açúcar) fique alta no sangue.
A causa do diabete tipo 2 está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Dependendo do grau da alteração nos níveis de açúcar, o tratamento pode passar apenas por fazer algumas alterações na dieta e no estilo de vida, ou então, incluir o uso de remédios, como hipoglicemiantes orais ou insulina, que devem ser sempre indicados por um médico. Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas outras doenças, que podem aparecer com o diabete.

Quais são os sintomas de DM devido à alta da glicose no sangue?
Fome frequente;
Sede constantes;
Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
Perda de peso;
Fraqueza;
Fadiga;
Mudanças de humor;
Náusea e vômito.
Formigamento nos pés e mãos;
Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
Feridas que demoram para cicatrizar;
Visão embaçada.
No entanto, nem sempre os sintomas são evidentes, especialmente no diabete tipo 2, o que torna importante fazer exames regulares de glicemia para detectar precocemente a doença.
Se você já tem ou conhece pessoas que tenham diabete, independente do tipo, é essencial ser feito acompanhamento médico regular, sigam um plano de tratamento personalizado, monitorem os níveis de açúcar no sangue, adotem uma alimentação saudável, pratiquem exercícios físicos e tomem os medicamentos prescritos, se necessário.
Se você não tem diabete, o plano é continuar com a glicose controlada e, para isso, não há muito segredo:
Atividade física;
Alimentação adequada;
Estilos de vida saudáveis, com possível redução de estresse e sono adequado.
O Dia Nacional da Diabete é uma oportunidade para reunir esforços e trabalhar em direção a um futuro no qual a diabete seja prevenida, diagnosticada precocemente e gerenciada eficazmente.
Com conscientização, educação e apoio contínuos, podemos ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabete e trabalhar para reduzir o impacto dessa doença crônica na sociedade, combatendo também estigmas e mitos associados à diabete, para que aqueles que vivem com a doença possam fazê-lo sem discriminação ou preconceito.

Neste 26 de junho, junte-se à celebração do Dia Nacional da Diabete. Tome um momento para aprender mais sobre essa doença, compartilhar informações com familiares e amigos, e apoiar aqueles que vivem com diabete. Vamos trabalhar juntos para promover a conscientização, a educação e ações que ajudem a prevenir, controlar e tratar a diabete, buscando assim um futuro saudável e próspero para todos. #DiaNacionalDoDiabete #SaudeEmEvidencia #eusousaude #sjcampos #sjc
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