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Reabilitação para portadores de AVC

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma das principais causas de morte e incapacitação no Brasil e no mundo. A reabilitação e recuperação funcional do paciente que sofreu AVC é um grande desafio, mas por meio de exercícios direcionados, as consequências podem ser amenizadas e tratadas.


O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma das principais causas de morte e incapacitação no Brasil e no mundo.

O AVC, também conhecido como derrame cerebral, é traduzido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como o desenvolvimento rápido de sinais clínicos da função cerebral e que ocorre quando há um entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro.


Com sintomas de duração igual ou superior a 24 horas, o AVC pode provocar alterações cognitivas e sensório-motoras, de acordo com a área e a extensão comprometida pela lesão.


São dois tipos de classificação do derrame cerebral:


  • AVC Isquêmico: esse tipos de AVC ocorre devido ao entupimento dos vasos que levam o sangue ao cérebro;

  • AVC Hemorrágico: já esse tipo de AVC ocorre pela ruptura de um vaso que causa sangramento no cérebro.


O AVC pode provocar alterações cognitivas e sensório-motoras

Infelizmente, o AVC tem sido considerado como uma das maiores causas de mortes e danos cerebrais no mundo, além de causar grande número de internações. Sua predominância é principalmente em pessoas adultas e idosas, sendo que a partir dos 55 anos, sua ocorrência em número começa a dobrar.


Portanto, a idade é um dos fatores de risco do AVC. E conhecer todos os fatores de risco é primordial para que se possa prevenir de forma mais efetiva sua ocorrência e reduzir custos especialmente em relação à reabilitação e hospitalização.


A idade é um dos fatores de risco no caso do AVC

Podemos classificar os grupos de risco em 3 grupos:


  • Grupo de risco não modificável - idosos, sexo masculino, baixo peso no nascimento, negros, histórico familiar de AVC ou AIT (ataque isquêmico transitório), condições genéticas como a anemia falciforme;


  • Grupo de risco modificável - hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, diabetes mellitus, dislipidemia, fibrilação atrial e outras doenças cardiovasculares;


  • Grupo de risco potencial - sedentarismo, obesidade, uso de contraceptivo oral, terapia de reposição hormonal pós-menopausa, alcoolismo, aumento da homocisteína plasmática, síndrome metabólica, uso de cocaína e anfetaminas.



Muitos desses pontos estão claramente relacionados ao estilo de vida adotado por cada um. Pequenas mudanças podem bastar para evitar um AVC e seus sinais e sintomas.


Na fase adulta, o sinal que mais comumente aparece relacionado ao AVC é fraqueza repentina ou a dormência braço, da perna ou do rosto, normalmente apenas de um lado do corpo. Alguns outros sinais podem incluir a confusão mental, alteração cognitiva, a dificuldade em falar ou linguagem incompreensível, dificuldade em compreender, engolir, se equilibrar e enxergar, distúrbios auditivos, perda de visão em um ou nos dois olhos, dor de cabeça intensa e sem causa conhecida, vertigem e desequilíbrio com náuseas e vômitos, diminuição da consciência e, no pior dos casos, uma morte súbita.



Pequenas mudanças podem bastar para evitar um AVC e seus sinais e sintomas

Já em relação às consequências, a paralisia costuma ser a mais frequente, ocorrendo no lado contrário à região do cérebro que foi afetada e podendo abranger o lado completo ou apenas uma parte dele. No primeiro caso, ela é chamada de hemiplegia e, no segundo caso, de hemiparesia.


Após um AVC é bem comum também a diminuição do tônus muscular. Isso faz com que a pessoa tenha dificuldade em exercer qualquer movimento, sem conseguir ao menos manter um membro em alguma posição. Isso pode levar a complicações secundárias como o encolhimento muscular e das articulações, além da dor e outros distúrbios funcionais. É por isso que o exercício no pós AVC é tão importante para a reabilitação do corpo e dos movimentos.


Após um AVC é comum a diminuição do tônus muscular. Isso faz com que tenha dificuldade em exercer qualquer movimento, sem conseguir ao menos manter um membro em alguma posição.

Após a ocorrência do derrame e algum tipo de sequela, o momento é de focar na recuperação do indivíduo para que ele possa novamente alcançar sua autonomia e individualidade, voltando à sua vida diária, uma vez que as sequelas costumam ser, em grande parte, nas alterações motoras e sensitivas, influenciando muito a mobilidade física e o equilíbrio.


Para dar início ao tratamento de reabilitação, o indivíduo passará por uma avaliação envolvendo uma equipe multidisciplinar, composta geralmente por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, enfermeiro, psicólogo, nutricionista e educador físico como suporte para os exercícios.


O fisioterapeuta juntamente com o profissional de educação física vão recuperar os movimentos perdidos por meio dos exercícios após avaliação e programação do tratamento. Com isso, vão devolver aos poucos a autonomia e qualidade de vida do paciente. As sessões devem começar preferencialmente o quanto antes pois, quanto mais rápido o estímulo for dado, mais rápida será a resposta do paciente.


As sessões de reabilitação devem começar preferencialmente o quanto antes pois, quanto mais rápido o estímulo for dado, mais rápida será a resposta do paciente.

Os objetivos do programa de reabilitação são diversos:


  • Adequar o Tônus muscular

  • Aumento de força;

  • Aumento da mobilidade articular;

  • Crescimento na ativação neural;

  • Melhora da função motora-sensorial;

  • Melhora da performance funcional;

  • Melhora da flexibilidade muscular;

  • Melhora do equilíbrio;

  • Melhora da auto estima e independência:

  • Orientações domiciliares.


Os exercícios devem ser acompanhados de profissionais capacitados, pois pessoas que sofreram AVC devem ter cautela ao praticar exercícios físico e que os derrames são diferentes e acometem áreas diferentes, então o tratamento deve ser direcionado.


Algumas opções de exercícios são:


  • Exercício de reabilitação sensório motora: como segurar um objeto e soltá-lo em seguida, fazendo o movimento repetidas vezes;

  • Exercícios de equilíbrio: ficar em uma perna só, por exemplo;

  • Pilates: uso de elástico e bolas de equilíbrio;

  • Hidroginástica: tônus muscular e amplitude de movimento;

  • Exercícios de fortalecimento muscular: caminhada na rua, musculação, bicicleta ergométrica.


Os exercícios devem ser acompanhados de profissionais capacitados

Além da reabilitação motora, não podemos deixar de olhar também para o lado emocional e as sequelas que o AVC pode deixar nesse campo. E por isso, o apoio emocional por parte de familiares e pessoas mais próximas é também de extrema importância. Comportamentos que estimulem resiliência do paciente é essencial para o sucesso no programa de reabilitação e em todo o tratamento e readaptação à nova realidade.


As sequelas do AVC trazem um novo estilo de vida, temporário ou não, que deve ser olhado com bastante carinho e cuidado. Mudanças são primordiais para manter a qualidade de vida e contribuir para a redução de risco de um novo derrame cerebral. Busque uma equipe que possa te ajudar e te orientar a viver melhor!


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